Tuesday, June 26, 2007

First we take Manhattan

Se eu fosse um bom jornalista e uma má pessoa, perguntava aos dois grandes candidatos à Presidência da Câmara de Lisboa qual se prevê seja o impacto na cidade das alterações de clima. Digamos, a dez anos de distância, 2017.

Vem isto a propósito de um programa anunciado pelo Mayor de New York (e cito o diário económico de hoje):

"O Presidente da Câmara de Nova Iorque propôs um plano para os próximos 25 anos em que a cidade deverá "deixar de estar em rota de colisão com o meio ambiente" (Economist, 28 de Abril, p.52). A frase não é no entanto vaga, nem necessariamente consensual. Para atingir esse resultado, Michael Bloomberg propõe 127 iniciativas relativas a terra, ar, água, energia e transportes, incluindo descontaminação de solos, plantação de um milhão de árvores, aumento da tarifa de electricidade de $2,5 por mês por cliente para melhorar a eficiência da produção energética, construção de pistas cicláveis e a aplicação de uma nova portagem de 8 dólares para os carros que atravessem a Ponte de Manhatan, só com o condutor. Neste momento, apenas 5% dos habitantes se deslocam para a cidade de carro, mas a redução desse nível e a maior eficiência energética permitirão, a prazo, reduzir em 30% o nível de emissões de dióxido de carbono."

Note-se, além do mais - e o mais é a taxa para automóveis com um só passageiro -, o espantoso número de 5% dos habitantes a entrar de carro. Em Lisboa fala-se em 400.000 automóveis/dia (número de fontes não confirmadas, diz a parte rigorosa de mim).

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