O ex-plendor 2
Ontem intitulei "ex-plendor" uma remissão para o blog De Rerum Natura antes de ter sido, lá, publicado mais este texto, Aqui . De modo que retiro a referência a "Portugal". A maré negra não sabe de fronteiras, pois.
Falta dizer que a conversa de tolos que desde há vinte anos (estou a ser optimista) tem vindo a ser o objectivo da educação escolar dos programas estatais tem um curioso efeito social: a manutenção das hierarquias (não apenas económicas) que a escola pública e o ensino obrigatório pretendiam, precisamente, diminuir - se não na sua realidade, pelo menos no seu efeito de restrição prática à liberdade.
Quem nasce e cresce rodeado de livros e música e filmes, com possibilidade de assistir e gradualmente participar em conversas de adultos sobre cultura, política, arte e religião, quem nasce e cresce em contacto diário com adultos ou crianças mais velhas minimamente atentas à correcção de linguagem, ao rigor na expressão das ideias, à sensibilidade estética - chegará ao fim da adolescência com um capital humano (para além do eventual capital propriamente monetário de que disponha) imprescindível para a sua sobrevivência no topo das pirâmides sociais.
Em Portugal, onde para além do mais praticamente se não editam livros, o problema é, claro, mais grave.
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